O policial da UPP Nova Brasília atacado com uma seringa supostamente contendo sangue, no último domingo, deve ser ouvido nesta quarta-feira na 45ª DP (Complexo do Alemão). O depoimento aconteceria nesta terça, mas o PM sentiu-se mal, em virtude dos medicamentos ministrados desde o ocorrido, e precisou adiar a ida à delegacia.
A expectativa é de que o agente possa ajudar a identificar a agressora, que fugiu logo após desferir o golpe com o objeto. Já se sabe que, ao simular um pedido de socorro para atrair a atenção do PM, que chegava para trabalhar em seu carro particular, a suspeita estava acompanhada de outras duas mulheres.
A abordagem ocorreu por volta das 16h, na Rua Nova, um dos acessos à comunidade. Ao baixar o vidro, o policial foi atingido no antebraço esquerdo. Ele ficou um dia internado no Hospital Central da PM, no Estácio, e encontra-se afastado das funções, passando por acompanhamento diário na unidade de saúde. Entre os testes feitos pela equipe de infectologia estão o para hepatite e o para HIV, mas ambas as doenças foram descartadas.
Enquanto isso, o clima entre os colegas de farda que também atuam no Complexo do Alemão é de apreensão. Os policiais temem que novos ataques semelhantes ocorram.
— Como se não bastassem os tiros, agora tem também seringa — desabafou um PM, nesta terça-feira, sem se identificar.
Logo após o ataque, uma mensagem que chegou a ser creditada ao major Leonardo Zuma, comandante da UPP Nova Brasília, citava o ocorrido como uma nova forma de “desestabilizar o moral” dos PMs das UPPs. Em contato por telefone, o oficial pediu que fosse procurada a assessoria da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP).
A CPP, por sua vez, afirmou que “o comando da Polícia Militar está avaliando as circunstâncias do ataque e analisando as medidas necessárias para a proteção da tropa”.
Fonte: Extra